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      Botôto nasceu em Teresina, Piauí, e logo recebeu o nome de imperador: Júlio César, para ser mais exato, Júlio César Pinto de Oliveira. Desde cedo, Botôto sofreu as vicissitudes da vida, sobretudo em seus aspectos mais ocultos e sombrios. Sofreu um atropelamento de carro que afetou o lado direito do cérebro. Ainda assim, formou-se em Desenho Industrial, Técnicas de Artes Plásticas e Educação Artística.
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      Contudo, Botôto desde cedo apresentava aspectos de uma doença que logo se manifestaria com mais violência. Depressivo, foi em uma situação-limite da vida que o artista recebeu a “unção” divina e a entendeu como um chamamento à vida, não a uma mera vida, mas a uma vida em Cores, uma vida que se constrói com  a alma, de dentro para fora, do alto das ideias absolutas ao nível do fenômeno manifesto em telas, esculturas e artesanatos. Foi também nesse liame atroz, onde o jovem Júlio César questionava-se acerca da validade da vida, onde o encontro com o divino se deu, que o artista, em uma espécie de batismo às avessas, deu-se, em um simbólico encontro com o boto Tucuxi, o nome de Botôto, nome este que representa uma quimérica busca pelo oculto, por aquilo que se conhece apenas pela aparências, mas que se busca em essência; esse desvelar que o Boto lhe insuflou, escondendo-se nas águas turvas do Rio, revelou à alma de Botôto que o oculto só se revela aos que lhes tentam desvelar.
       Assim, Botôto construiu uma história de vida digna do grande artista que é, uma história de muitas tragédias, mas também de muitas vitórias, sendo o aceite à vida, por parte do artista, a maior de todas as vitória, vitória para Bototo e vitória para o estado de Rondônia, que ganhou um dos seus mais destacados artistas plásticos, representante da arte contemporânea de nosso Estado. Nosso destacado Mestre aprendeu a transmutar a realidade das coisas, de modo a enxergar nelas mais do que aquilo que elas estão dispostas a mostrar, chegando à essência das coisas, das circunstâncias e dos tempos vividos.
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    Botôto apresenta em seu currículo artístico, nestes mais de 30 anos de atividades em Rondônia, inúmeros prêmios e uma porção considerável de exposições em Rondônia e em outros estados do País. Em Rondônia, para citar alguns - posto que estas informações constarão do item Portfólio Visual, neste projeto -, venceu o prestigiado Concurso de Pintura da Brigada Príncipe da Beira, em 2015; em 2008, organizou uma exposição na Galeria de Artes Visuais Afonso Ligório da Casa da Cultura Ivan Marrocos; denominada “As Cores de Júlio César”, a exposição, que contava com 14 obras do artista, ficou à disposição do público no período de 18 a 28 de abril daquele ano. Exposições na Ivan Marrocos se repetiram nos anos seguintes.
     Amante de Rondônia e de toda a região Norte, não esconde sua preocupação com o cuidado para com a natureza, através de uma educação ambiental que o artista deixa transparecer em suas obras, reciclando materiais e utilizando-os para chamar a atenção da população para a gravidade da cultura do descarte. Gênio artístico que é, utiliza-se da ironia, da metáfora, para metamorfosear esses descartes, transformando-os em obras de artes e/ou utensílios utilizados em suas inúmeras performances artísticas, mostrando ao público que uma educação da percepção pode transformar tampinhas de garrafas em um objeto simbólico e artístico com o qual o artista transmuta os olhares da platéia e transforma-lhes os valores.
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    Artista multimídia, nas palavras do colunista João Zoghbi, Botôto é artista visual, performance, escultor, poeta e ator. Prova de uma ação artística para além das barreiras fronteiriças do Estado é a participação de Botôto na Conferência das Nações Unidas, no Rio de Janeiro, sobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio + 20, apresentando algumas de suas performances, sendo elas: ‘O Ribeirinho’, ‘Planeta Hospícios’ e ‘Uma luz para o Mundo’, além de participar de exposições no Distrito Federal, voltadas às criações estéticas de artistas cujos trabalhos representam e testemunham o mundo interior de artistas em processo de luta contra as condições psiquiátricas que os acompanham na vida.
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       Botôto é artista eclético, nascido no Piauí, com uma história de vida digna de um grande artista, uma história de muita tragédia, mas também de muitas vitórias, sendo a vida do artista, a maior vitória de todas, vitória para Botôto e vitória para o estado de Rondônia, que ganhou um dos seus mais destacados artistas plásticos, representante da arte contemporânea de nosso Estado.
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